Reunião vibratória pela XVII SEMANA ESPÍRITA DE SÃO BERNARDO DO CAMPO, realizada ontem, 08/09/2013, as 15h, no Grupo Bezerra de Menezes: segunda leitura, do livro "ANÁLISE DA INTELIGENCIA DE CRISTO – O MESTRE INESQUECÍVEL", PG. 228/229.
“Não coloque condições para amar - Precisamos nos apaixonar pela espécie humana, como o mestre da vida. Devemos ficar fascinados com as reações de um mendigo, com as alucinações de um paciente psicótico, com as peraltices de uma criança, com as reflexões dos idosos. Cada ser humano é uma caixa de segredos. Cada ser humano merece o Oscar e o Premio Nobel pela vida misteriosa que pulsa dentro de si. Ao analisar a sua personalidade, percebi que a unanimidade é burra. O belo é amar as diferenças, é não exigir que os outros sejam iguais a nós para que possamos amá-los. Jesus foi afetivo com Judas no ato da traição e acolheu Pedro no ato da negação. Ele os amou apesar das suas diferenças. Se ele amou pessoas que o decepcionaram tanto, quem somos nós para colocarmos condições para amar? Nunca amei tanto pessoas tão diferentes de mim! Pessoas que possuem pontos de vista diferentes do meu, que tem práticas das quais eu não participo. Você pode discordar daquilo em que as pessoas creem, mas, se não tiver amor por elas, sua lógica, inteligência, verdades, pontos de vista serão, como Paulo disse, simplesmente nada. Se Jesus perdoou seus carrascos quando todas as suas células morriam, quem somos nós para exigir, em nosso conforto egoísta, que as pessoas errantes ou que pensam diferente de nós mudem para que possamos amá-las? Não apenas os cristãos deveriam amar outros cristãos de religiões distintas, mas, se realmente viverem o que Jesus viveu, amarão com intensidade os budistas, islamitas, brahmanistas, inclusive os ateus. O modelo do mestre da vida é eloquente. Ele amava tanto as pessoas que jamais as pressionava a segui-lo; ele não impunha suas ideias, mas apresentava-as com clareza e encanto e deixava as pessoas decidirem seu caminho. Naqueles ares, ouvia-se um belo convite e não uma ordem: Quem quiser vir após mim, siga-me...; Quem tem sede venha a mim e beba...; Quem de mim se alimenta, jamais terá fome...” O amor respeita o livre arbítrio, a livre decisão. Os que impõem condições para amar terão sempre um amor frágil. Nossa espécie viveu o flagelo das guerras e da escravidão porque ela ouviu falar do amor, mas pouco o conheceu. A única razão para amar é o amor. Os pais que exigem que seus filhos mudem de atitude para elogiá-los, abraçá-los e ser afetivos com eles dificilmente os conquistarão. Os professores que exigem que seus alunos sejam serenos e tranquilos para educá-los não os prepararão para a vida. Os que exigem das pessoas próximas que deixem de ser complicadas, tímidas e individualistas para envolvê-las e ajudá-las não contribuirão com suas vidas. O mundo está cheio de pessoas críticas, as sociedades precisam de pessoas que amem. O amor vem primeiro; depois, os resultados espontâneos. Exigimos muito porque amamos pouco. Jesus não impediu que Pedro o negasse e que Judas o traísse. Ele, através de sua inteligência fenomenal, poderia colocá-los contra a parede, pressioná-los, criticá-los, constrange-los, mas não o fez. Deu plena liberdade para eles o deixarem. Jamais o amor foi tão sublime. A abundancia do amor transforma os anônimos, os paupérrimos e os iletrados em príncipes e a escassez do amor torna os reis, os ricos e os intelectuais em miseráveis. O amor compreende, perdoa, liberta, tolera, encoraja, anima, incentiva, espera, acredita. O amor é o fenômeno mais ilógico e mais lúcido da existência psíquica...
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